Exclusividade
G1
O
secretário-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Henrique Braga,
afirmou nesse domingo (7) que a Justiça Eleitoral espera resolver até junho
deste ano todas as pendências da eleição do ano passado.
Desde
fevereiro, há eleições suplementares em todos os primeiros domingos de cada mês
em municípios onde o pleito do ano passado foi anulado em razão de
irregularidades em candidaturas. Neste domingo (7), houve nova disputa em 16
cidades de sete estados (confira os resultados).
"[Os
casos que restam] são questões que envolvem municípios nos quais o tribunal
necessita amadurecer posição a respeito dessas impugnações. Devemos ter ainda
no primeiro semestre definição de todos os municípios em situações
similares", disse Braga.
As
novas eleições estão sendo realizadas porque, segundo a legislação eleitoral,
quando o eleito tem mais de 50% dos votos e a candidatura é barrada, deve ser
feito novo pleito. Quando o candidato cujos votos tenham sido anulados
receberam menos de 50% dos votos, assume o segundo colocado.
Entre
as irregularidades que levam à anulação do registro de candidatura, ainda
durante o processo eleitoral, estão práticas como fraude, falsidade, coação,
abuso de poder, compra de votos ou emprego de processo de propaganda vedado por
lei.
Além
disso, no ano passado entrou em vigor a Lei da Ficha Limpa, que barra políticos
condenados em diversos crimes na Justiça por órgão colegiado ou que tiveram
contas rejeitadas à frente de administrações anteriores.
De
acordo com Carlos Braga, 90% das novas eleições aconteceram por conta da Lei da
Ficha Limpa.
"As
novas eleições ocorrem nos municípios em que o candidato vitorioso teve mais de
50% dos votos e o TSE ou TRE, algum dele, aceitou a impugnação. Então
considerando que esse vitorioso teve mais de 50% dos votos e foi impugnado, era
importante consultar novamente a população. [...] Posso afirmar que em 90% dos
casos disseram respeito à Lei da Ficha Limpa."
Muitos
candidatos concorreram em 2012 garantidos por recursos, mas, em alguns casos, a
inelegibilidade acabou confirmada pela Justiça Eleitoral, e a candidatura foi
anulada.
Para
o secretário do TSE, a necessidade de eleições suplementares poderia ser
reduzida se o prazo entre a apresentação das candidaturas e a disputa fosse
maior. Nesse caso, a Justiça Eleitoral conseguiria avaliar os candidatos em
tempo hábil.
"[Uma
alternativa é] aumentar o prazo para que candidatos se habilitem e não em
julho. Se apresentam em julho e a eleição é outubro. Então o prazo é exíguo.
Tem juiz eleitoral, TRE, TSE e em algumas vezes até o Supremo."
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