Não
é a toa que o PT é um dos partidos que mais está lutando para o Congresso
aprovar o projeto de lei que dificulta o surgimento de novos partidos no
Brasil. Se realmente virar lei, a presidente Dilma Rousseff será a principal
beneficiada e terá um incremento de 26% no seu tempo de guia na campanha do
próximo ano.
Segundo
uma reportagem da Folha de São Paulo, caso aprovado, a petista ficará com uma
fatia considerada do tempo destinado aos partidos – 15 minutos e 18 segundos
para cada programa de 25 minutos, o equivalente a 61% do total. Os demais
partidos ficarão com o restante do tempo – levando em considerações as
possíveis conjunturas políticas estabelecidas até o momento.
Entre
os prováveis adversários de Dilma, o senador Aécio Neves (PSDB) aumentaria a
sua exposição na mídia, ou seja, passaria de 4min36 para 5min13, mesmo assim,
menos do que os 7min19 que José Serra (PSDB) teve em 2010.
Eduardo
Campos praticamente não perderia percentual (cairia de 2min29 para 2min24).
Caso consiga criar o seu partido, a ex-senadora Marina Silva praticamente não
apareceria no vídeo – passaria de 56s para apenas 19s. Em 2010, seu tempo foi
de 1m23.
O
acréscimo no tempo de Dilma também chegará às inserções de 30 segundos
veiculadas ao longo do dia, nos intervalos comerciais. Enquanto Dilma saltará
de 263 (na lei atual) para 330; Aécio subirá de 99 para 113; e Eduardo Campos
cairá de 54 para 52. O baque maior será da candidata Marina – de 20 chamadas
com a lei atual, ela terá direito a apenas sete com a nova.
SUSPENSÃO
Apesar
de a bancada governista desejar a aprovação, na última quarta-feira (24), o STF
suspendeu a tramitação do projeto que inibe a criação de novos partidos. De
acordo com Gilmar Mendes, o objetivo do projeto era simplesmente prejudicar as
minorias, leia-se, Marina Silva que corre contra o tempo para arrecadar 500 mil
assinaturas e criar o partido Rede. ( Do Blog da Folha).
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