Três
dias após conceder um diploma ao deputado Marco Feliciano (PSC-SP) por sua
atuação em defesa dos direitos humanos, a Federação Brasileira de Direitos
Humanos (FBDH) retirou de seu site a notícia de apoio ao pastor e presidente da
Comissão de Direitos Humanos da Câmara, antes destacada, e passou a promover
enquete para saber se o parlamentar deve ou não renunciar ao comando do
colegiado.
Em
nota pública, a federação informa, ainda, que "não tolera e não aceita
comportamentos e provocações racistas, discriminatórias, homofóbicas,
cristofóbicas ou apologia à violência contra grupos gay ou cristãos".
"Por favor, respeite os direitos humanos, pois todos são cidadãos
brasileiros", acrescenta a nota exibida no portal da entidade.
Responsável
por aprovar a entrega do "diploma" ao pastor Feliciano, acusado de
racismo e homofobia, o presidente da federação, Elizeu Fagundes Rosa, pediu
licença do cargo.
Procurado
pelo Estado ontem, Elizeu Rosa afirmou que a decisão foi tomada não somente por
causa da polêmica envolvendo o pastor e o diploma, mas também para que pudesse
resolver "pendências com a Justiça".
"Existem
alguns processos em andamento. Por isso, decidi me afastar em respeito à
federação", afirmou Rosa, alvo de inquérito na Polícia Federal. Uma das
acusações pelas quais responde é de estelionato, assim como o próprio
Feliciano, que prestou depoimento na sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal. (Folha
de S. Paulo).
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