
Uma forte sonolência, braços
e pernas dormentes, depois um desmaio. Esse conjunto de sintomas já atingiu 13
alunos da Escola Vitalina Maria de Jesus, onde 360 estudantes estão
matriculados, em Araripina, cidade de 80 mil habitantes no Sertão de
Pernambuco.
A causa dessa estranha
reação coletiva é um mistério, já que médicos não conseguiram fazer nenhum
diagnóstico. A Secretaria de Saúde do município testou a água e a merenda da
escola. Não encontrou pistas para o mal estar dos jovens.
A tese é de que os alunos
estejam sofrendo de uma histeria coletiva, um fenômeno psicológico. Começa
quando uma pessoa se sente mal e os amigos que convivem com ela acabam
absorvendo sintomas como dor de cabeça e tontura. Ninguém está realmente
doente, mas todos sentem o mesmo mal estar.
“Isso é muito comum de
acontecer em escolas, fábricas, em vilarejos pequenos. Uma pessoa tem um
sintoma, outra pessoa vê e se impressiona com aquilo. E mais outra pessoa vê
duas tendo a mesma coisa e acha que aquilo pode ser contagioso e começa a
apresentar a mesma coisa”, explica o psiquiatra Daniel Martins de Barros.
Só uma avaliação médica
cuidadosa pode confirmar um diagnóstico de histeria coletiva, mas o caso de
Pernambuco tem algumas características do fenômeno, segundo o psiquiatra. Um
exemplo: a maioria entre os jovens afetados é de mulheres. “Normalmente,
acontece mais em mulheres adolescentes, provavelmente por uma questão de
sugestionabilidade. Elas são mais sugestionáveis e podem se impressionar um
pouco mais com o sintoma que a amiga está apresentando”, aponta o especialista.
Fonte: G1
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